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Um paciente chamado meio ambiente

By junho 4, 2021julho 9th, 2021Notícias

No dia 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Quando se fala no tema, a primeira coisa que vem na cabeça é uma área verde, com bastante árvores, rios e animais silvestres. De certo modo, não estamos errados, porém não podemos limitar nossa imaginação quanto a isso. De acordo com artigo “A educação ambiental como estratégia da Atenção Primária à Saúde” publicada na Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) a educação ambiental não deve discutir somente o meio ambiente físico, mas também abordar a realidade local e a complexidade das relações entre meio ambiente e sociedade. É de extrema importância destacar os cuidados e a prevenção de doenças com gestão dos fatores ambientais nocivos à saúde de cada região, para tornar essa ação uma estratégia para a Atenção Primária.

Ainda de acordo o artigo, atuar de forma preventiva gera ganhos significativos que impactam no avanço nos serviços de saúde. O grande exemplo disso são os agravos ocasionados pela falta de saneamento, realidade que ainda persiste no Brasil, tem-se que, para cada R$ 1,00 (um real) investido em saneamento, economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) em medicina curativa.

Um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, é assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Segundo a Agenda, os seres humanos e outros animais dependem da natureza para terem alimento, ar puro e água limpa. As florestas, que cobrem 30% da superfície da Terra, ajudam a manter o ar e a água limpa e o clima da Terra em equilíbrio. Hoje as doenças crônicas e aquelas resultantes de desastres são um dos principais fatores que contribuem para a pobreza e para a privação dos mais vulneráveis. Atualmente, 63% de todas as mortes do mundo provêm de doenças não transmissíveis, principalmente cardiovasculares, respiratórias, câncer e diabetes.

Segundo o artigo da RBMFC, “as comunidades distanciadas dos serviços de assistência médica, educação, cultura e lazer são mais vulneráveis à ocorrência de problemas socioambientais, como a degradação do meio ambiente, a não valorização das características peculiares, e as condições precárias de saúde ou acesso a ela, causando danos ao meio ambiente e à população como um todo.”

Nesse contexto, é de suma importância a intervenção de meios tecnológicos na Atenção Primária à Saúde para reverter casos de precarização da saúde e do ecossistema. Sim, pode parecer estranho, mas investir na tecnologia em saúde além de contribuir na agilidade e na qualidade de um atendimento, gera impactos infinitos, como redução de produção de lixo, consumo de papéis, entre outros tantos.

Quando uma empresa está preocupada apenas com seu lucro, quem sofre é o meio ambiente, e claro, as pessoas do entorno a médio e longo prazo. Quando uma empresa veste a camisa da responsabilidade ambiental, ela acaba tendo além de retornos financeiros, como também melhorar os aspectos ambientais e sociais. Por meio de uma revolução digital, é possível encontrar maneiras de aumentar o alcance de uma empresa, além de melhorar a eficiência e diminuir drasticamente custos e impactos ambientais.

Eliton Souza

Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário UniAcademia. Assessor de comunicação da Healthmap.