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No sábado, 24 de julho, comemora-se o Dia Internacional do Autocuidado. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), essa comemoração serve para lembrar a todos que precisamos olhar para nós mesmos. Um fato curioso, é que o dia de hoje, 24/07, foi escolhido para nos lembrar que devemos nos cuidar 24 horas por dia e 7 dias por semana. Bacana, não é?

De acordo com a OMS, o conceito de autocuidado representa a capacidade dos indivíduos, famílias e comunidade de promover a saúde e lidar com doenças ou deficiências, com ou sem o apoio de um profissional de saúde. Quando falamos desse tema, escutamos muito a respeito dos sete pilares do autocuidado. Acredito que todos os sete são importantes, porém friso muito o autoconhecimento e uso racional dos produtos e serviços de saúde. 

O autoconhecimento está muito em voga, mas sempre me questiono se está sendo realmente experimentado. Quando falamos de autoconhecimento, nos referimos a nos conhecermos, conhecer nossa essência, saber o que gostamos e o que não gostamos, o que queremos e não queremos, o que nos faz bem e o que nos faz mal. Isso inclui conhecer o nosso corpo e a nossa mente, o nosso limite físico e emocional, e conscientemente ultrapassá-los sempre que necessário. Tudo isso nos possibilita a uma das coisas mais magníficas da nossa existência: o poder de escolher. 

Quando nos permitimos e nos conhecemos de forma consciente, automaticamente utilizamos de forma racional e sustentável os produtos e serviços de saúde. A partir do momento na qual entendemos que a nossa dor de cabeça é devido a uma preocupação do trabalho, ou que precisamos parar e desligar a nossa mente porque a pressão está grande, passamos a não superlotar os prontos atendimentos, paramos de fazer exames de forma excessiva, buscamos e aprendemos a fazer o autoexame, evitamos o uso de tantos medicamentos, procurando terapias alternativas, entre as diversas atitudes que mudam nosso jeito de agir. A partir desses entendimentos, os outros pilares do autocuidado ficam mais fáceis. Ter uma alimentação saudável vai ser prazeroso, pois eu me conheço, sei qual alimento gosto mais e me faz melhor, com isso consigo viver o equilíbrio alimentar. Além disso, é preciso buscar uma atividade física que me dê prazer. Manter uma boa higiene é primordial. Evitar álcool, cigarro e outras coisas que podem fazer mal a minha saúde são convenientes, pois a partir do momento que me conheço e sei quem eu quero ser, possivelmente esses consumos, sendo exagerados ou não, estarão de fora do meu dia a dia. 

Todos esses pontos são importantes para nós entendermos como pessoas. Agora, falando do sistema de saúde, dos profissionais de saúde, até porque isso faz parte do ecossistema do autocuidado, sempre digo que nós, como profissionais, precisamos nos posicionarmos como “caminho científico para o cuidado do outro”. O paciente só vai se engajar no seu próprio cuidado se conhecer, entender e aceitar o que precisa ser feito. Para isso precisamos ensinar e proporcionar a decisão compartilhada, dessa forma estaremos utilizando dos nossos conhecimentos científicos a serviço do outro. Assim, temos o autocuidado apoiado, que por meio de intervenções educativas ampliam a confiança no seu autocuidado.

Para proporcionar o autocuidado e facilitar a sua realização, podemos utilizar de uma série de instrumentos: identificação do atual momento comportamental do outro, entrevista motivacional, uso de tecnologias específicas, entre outros. 

A tecnologia ajuda a equipe de saúde a apoiar o processo de mudança de comportamento e hábitos de risco da população. Tecnologias que permitam que as pessoas acompanhem seu estado de saúde, se comuniquem com o seu profissional de referência para esclarecer todas as dúvidas do seu processo, seja lembrado das atividades de cuidado consigo mesmo que precisa realizar. Tudo isso potencializa o autocuidado e transforma vidas! 

Eliton Souza

Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário UniAcademia. Assessor de comunicação da Healthmap.

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