Saúde integral: o uso da tecnologia valorizar e engajar pacientes
A gestão do cuidado nada mais é do que prover e disponibilizar tecnologias para a Saúde de acordo com as necessidades de cada pessoa ao longo da vida, com o foco em seu bem-estar, segurança e autonomia para seguir com uma vida produtiva e saudável. De acordo o artigo “A morte de Ivan Ilitch, de Leon Tolstói: elementos para se pensar as múltiplas dimensões da gestão do cuidado”, do médico e especialista em Saúde Pública pela USP, Dr. Luiz Carlos de Oliveira Cecílio (2009), a gestão do cuidado em saúde apresenta diversas dimensões interdependentes, que operam com lógicas diferentes e dependentes da ação ou do protagonismo de múltiplos atores. Ao descrever sobre o encontro profissional/usuário, o autor enfoca menos as determinações e aquilo que está instituído, e destaca o que tal encontro tem de potência, de possibilidades de criação e de singularidade, ou seja, criação e facilitação de tais encontros poderiam ser vistas como o eixo de qualquer ação gerencial.
O artigo chama atenção para um questionamento: O que fazer quando quem procura os serviços de saúde não encontra o que precisa? Geralmente o paciente quer escuta, atenção e resolutividade para seus problemas. Este artigo reflete as múltiplas dimensões da gestão do cuidado em saúde (profissional, organizacional e sistêmica) que são complementares e não guardam relação de hierarquia entre si. O texto traz a história de uma pessoa, que recebia atenção de um cuidador familiar que ouvia, dava atenção e trazia solução para aliviar os problemas. Nessa análise, observada pelo campo de um agente de saúde, é preciso ter algum ator ou atores que assumem este “papel diferenciado na gestão do cuidado: o profissional construindo a relação profissional-paciente, o gerente construindo a equipe que cuida e provendo os insumos para seu trabalho, e o gestor construindo as redes de cuidado.” (CECÍLIO, 2009).
Já falamos aqui em nosso blog sobre o conceito fundamental do Value Based Healthcare, que busca inovar toda a estrutura de atendimento atual. Na visão do especialista, Dr. Joatam Júnior, o modelo tem como principal objetivo valorizar o ser humano, trazendo a melhor experiência possível para o usuário, a partir de um tratamento humanizado e personalizado, respeitando os desejos e o jeito de o paciente encarar os seus desafios. Neste caso, cabe à instituição respeitar e atender às suas necessidades.
Em nossa entrevista, o especialista considerou que a tecnologia pode auxiliar no aumento da produtividade, já que os modelos estão relacionados a uma gestão populacional e é preciso focar na tecnologia para enxergar de uma forma mais global o atendimento de uma população e, quando necessário, mensurar o nível de um indivíduo para estudar um caso específico.
Na Healthmap é possível valorizar e engajar pacientes vulneráveis por meio de uma plataforma que otimiza os serviços de assistência à saúde. Com uma Gestão de Cuidado completa que a nossa plataforma tem, é possível fazer um mapeamento personalizado para prevenção de doenças e promoção de saúde, indicando os principais focos de atenção que o paciente precisa ter para levar uma vida saudável.
Todo esse contexto de acompanhamento clínico faz parte da medicina preventiva, e é uma estratégia que precisa ser priorizada na saúde. O acompanhamento a distância, aliado ao uso de dados e de inteligência artificial, promete mudar a forma de se fazer medicina preventiva nos próximos anos. Já falamos por várias vezes aqui, que a tecnologia é a melhor aliada do cuidado coordenado. Com ela organizamos os atendimentos de saúde de maneira abrangente e também de forma personalizada, atendendo a maior parte das necessidades de uma população de forma regionalizada, contínua e sistematizada.
A principal característica desse formato é fazer um tratamento centrado na pessoa. Cada pessoa tem sua necessidade e mesmo que tenhamos diretrizes, não dá para querer encaixar as pessoas nas mesmas tomadas de decisão, ainda que tenham problemas semelhantes. É muito importante ter a sensibilidade de escutar, entender o contexto do paciente, seus mecanismos de defesa e como agir diante da vida. Chegar a um denominador comum com ele no que, quando e como trabalhar as questões de saúde do paciente.
A tendência dos cuidados centrados no paciente está se espalhando por todo o mundo. Nesse cenário, a tecnologia terá um papel revolucionário na prevenção e na promoção da saúde. Mas isso só acontecerá se operadoras de saúde perceberem a importância de um envolvimento mais profundo dos pacientes e familiares.